quarta-feira, 12 de maio de 2010

RAPadura na Suburbano Convicto


O Rapper RAPadura, residente em Samambaia encanta São Paulo e o mundo.

Noite de terça-feira (11/05/2010), foi chegando um, outro, mais um…e a Livraria Suburbano Convicto do Bixiga recebeu o maior público para um evento no local.
O convidado vinha do Ceará, atende pelo nome de Rapadura e lançava seu EP “Fita Embolada” que foi vendido no dia à R$ 10,00.
Foi uma noite mágica, inesquecível para quem viveu.
Primeiro Rapadura vendeu muitos discos, depois falou sobre o seu trabalho, entre uma fala e outra um RAP, ou um Repente.
Meu filho Evandro Borges quando iamos embora definiu bem RAPadura: – Rima Muito.
Mas Rapadura não apenas rimou, ele contou sua história, porque usa baião e outros ritmos nordestidos no seu trabalho.
Porque se veste de chapéu de palha e sandalha de couro.
Disse já ter sido discriminado em São Paulo, justamente na Galeria 24 de Maio (berço do RAP)…foi irônico ao dizer que quando chega num evento de RAP e vê as pessoas vestidas ao estilo Hip Hop diz: – Os americanos ali.
E comentam seu visual: – Justamente eu que estou vestido com a cara do Brasil. Disse Rapadura.
Sobre o GOG, com quem cantou por um tempo, agradeceu a amizade e ter conhecido junto ao poeta do RAP, vários estados do Brasil, inclusive o norte.
Disse que fazia apenas RAP, mas sua mãe não gostava da zuada: – Então coloquei baião.
Seus país não apoiavam ele ser MC e só depois de uma década foram ver ele cantar, justamente na gravação do DVD do GOG.
Anunciou que em breve vai representar o Brasil como delegado cultural em evento na Turquia.
Rapadura é incrível, fala com segurança e quando rima, sai de baixo.
A galera presente participou fazendo várias perguntas, quando Rapadura iria encerrar, disse que antes fariamos umas poesias e rimas em sua homenagem, primeiro eu (Buzo) e meu filho Evandro fizemos uma juntos, depois o Vagnão da Brasa declamou Carlos de Assunpção.
Convoquei então pro Free Style (paulistano), com o tema “Rapadura”, dois grandes nomes….Rashid e Arnaldo Tifú.

Enfim, Rapadura encerrou uma noite para guardar na memória e em nossos corações.

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges

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